Os mares e oceanos recebem diariamente toneladas de resíduos domésticos e industriais. Aproximadamente 80% de toda a poluição é proveniente de rios poluídos que deságuam no mar, enquanto 20% resulta de resíduos lançados diretamente nos ambientes marinhos, de navios e embarcações de pesca. Esses resíduos se acumulam principalmente próximo à costa onde as atividades humanas estão concentradas, mas devido a dispersão por ondas, correntes e ventos, são encontrados também resíduos humanos em áreas isoladas e no meio do oceano.
Os impactos do lixo no mar começaram a ser observados a partir da década de 1950, mas somente em 1975 foi definido o termo ‘lixo marinho’. Essa definição, da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos, diz que é lixo marinho todo material sólido de origem humana descartado nos oceanos, ou que os atinge por meio de rios, córregos, esgotos e descargas domésticas e industriais.
As consequências da presença do lixo marinho são enormes e atingem todo o ecossistema. Todos os seres vivos que o integram sofrem, seja por contato direto (quando há ingestão do lixo, quando o mesmo impede a locomoção ou provoca ferimentos dos seres ali presentes) ou indireto (afetando o habitat e o alimento disponível). Quando o lixo marinho é encontrado acumulado em grande quantidade, prejudica a navegação, a atividade pesqueira e também prejudica o turismo e todas as pessoas que dependem dessa atividade para sobreviver. Esses são apenas alguns exemplos de como o lixo marinho causa impactos negativos em todo o ecossistema e nas comunidades ao seu redor.
Reciclar o lixo, diminuir o consumo, destinar corretamente o lixo e cobrar das autoridades ações para que o lixo da cidade também seja destinado corretamente são algumas das ações que podemos realizar para acabar com esse grave problema.