Recifes de corais podem ser definidos, por um ponto de vista geológico, como uma estrutura rochosa, resistente, construída por organismos marinhos (animais e vegetais) portadores de esqueleto calcário. Já por um ponto de vista biológico, podem ser definidos como formações criadas pela ação de comunidades de organismos denominados genericamente “corais”. Ocorrem em locais rasos próximos às praias e são de extrema importância, pois são ecossistemas marinhos de grande biodiversidade (estima-se que 65% dos peixes marinhos vivam nesse ecossistema) e também protegem as regiões costeiras da ação do mar.
Existem três tipos básicos de recifes de corais:
- Recifes em franja – são os mais comuns, crescem perto da costa ao redor de ilhas e continentes e são separados da costa por lagoas estreitas e rasas;
- Recifes em barreira – também são paralelos à costa, mas separados por lagoas profundas e largas;
- Atóis – são recifes em forma de círculo, no centro do qual se forma uma lagoa. Os atóis se localizam no meio dos oceanos e geralmente se formam quando topos de ilhas (geralmente topos de vulcões submersos) rodeados por recifes em franja afundam no mar.
Por possuírem uma grande biodiversidade, os recifes de corais são explorados economicamente pelo homem, principalmente para pesca e para o turismo em todo o mundo. Estima-se que os recifes de corais existentes no planeta tenham cerca de 284 300 km², com a região do Indo-Pacífico (Mar Vermelho, Oceano Índico, sudeste asiático e Oceano Pacífico) contribuindo com 92% do total, e os recifes do Oceano Atlântico e do Mar do Caribe contribuindo com apenas 7,6% do total. O Nordeste do Brasil é a única região do Oceano Atlântico Sul que possui formações recifais, as quais estão distribuídas por todo o litoral do Nordeste. O maior e mais conhecido recife de corais do mundo é a Grande Barreira de Corais na Austrália.