O narval (Monodon monóceros) é uma espécie de baleia com dentes que vive no Ártico e é parente da beluga (Delphinapterus leucas), um companheiro habitante dos mares árticos gelados. Os machos são diferentes das fêmeas por apresentarem uma presa reta, longa e helicoidal, que nada mais é do que um dente, um canino superior esquerdo alongado. A pigmentação do narval é um padrão tingido, com manchas castanho-escuras sobre um fundo branco. Elas são mais escuras quando nascem e a cor se torna mais branca com a idade, com manchas brancas em desenvolvimento no umbigo e fenda genital na maturidade sexual. Os machos idosos podem ser quase puramente brancos. Eles não têm uma nadadeira dorsal, possivelmente uma adaptação evolutiva para nadar facilmente sob o gelo. Além disso, as vertebras do pescoço do narval não são fundidas em conjunto, mas são articuladas, como as dos mamíferos terrestres. Ambas as características são compartilhadas pela baleia beluga.
A característica mais notável do narval macho é sua única presa extremamente longa, um dente canino que se projeta a partir do lado esquerdo da mandíbula superior, por meio do lábio e forma uma hélice. A presa cresce ao longo da vida atingindo comprimentos de 1,5-3,1 m. Apesar de sua aparência formidável, a presa é oca e pesa apenas cerca de 10 kg.
Esses animais foram caçados por mais de mil anos pelos povos locais no norte do Canadá e da Groenlândia devido a carne e marfim (dente), porém uma caça de subsistência regulamentada continua até hoje. Enquanto as populações parecem estáveis devido a caça uma outra preocupação atinge esse animal, as alterações climáticas, devido a uma distribuição geográfica restrita e dieta especializada. Em um esforço para apoiar as ações de conservação para as baleias, a União Europeia estabeleceu uma proibição de importação de presas. Enquanto há muitos países que não só estabeleceram estas proibições, eles já têm cotas de capturas em vigor, o que será importante também em áreas recém-abertas causadas pela diminuição da camada de gelo do mar.