A maioria das ondas se formam a partir do sopro do vento na superfície do mar. O vento bate na água e causa uma ondulação composta de pequenas ondas entre 1 e 2 cm que são chamadas de ondas capilares. Quanto mais veloz e durável for o vento, maior será a altura da onda. Se a ondulação formada ainda for pequena e o vento parar de soprar, as ondas somem com ele. Agora, se o vento continuar, essa ondulação vai ficando mais alta, mais comprida e mais rápida até formar as ondas que conhecemos. E, mesmo que o vento pare, ela continua se propagando até chegar na areia. Mas, para isso acontecer, o vento precisa soprar por um tempo e percorrer uma longa distância na superfície, que é chamada de pista. Por esse motivo, em uma lagoa, não existem ondas grandes como no mar, por exemplo. Pois não há pista suficiente para que elas aumentem.
Algumas ondas surgem de tremores ocorridos nas profundezas do oceano ou até mesmo de eventos externos vindos da natureza, como algo pesado que caia sobre as águas do mar. A maneira de propagação continua a mesma, o que muda neste caso é apenas sua origem.
As ondas gigantes não são medidas apenas pelo seu tamanho individual, para ser consideradas “gigantes” elas têm que ter algumas características simultaneamente. Essas ondas são esporádicas e devem ser 3 vezes maiores que as que estão no oceano no momento. Elas chegam a alcançar até 18 metros de altura, o equivalente a um prédio de 6 andares.
O fenômeno tem sido objeto de estudo, mas ainda não se conhece muito a respeito. O que se sabe, até agora, é que ele pode surgir em zonas mais costeiras, ou seja, não tão profundas, e se formam geralmente de três maneiras.
1 – Interação da onda com o fundo gerando um ponto focal de energia
Isso ocorre em locais de topografia irregular. Sobre áreas mais rasas pode haver concentração de energia de onda em um só ponto e isso gera uma onda de tamanho maior.
2- Interação das ondas com correntes marinhas fortes
Ocorre quando a influência das correntes marinhas sobre as ondas interage com a corrente de vento contrária a direção de propagação das ondas, diminuindo seu comprimento. Ou seja, existe uma combinação de várias ondas (elas se empilham) fazendo com que seu tamanho se multiplique.
3- Interação de diferentes ondas com características similares
Ondas de tipos diferentes e características similares, assim como comprimento e força, consolidam uma somatória de energia que cria uma onda maior.
Mas porque elas quebram? Porque a medida que ela vai percorrendo a superfície do mar em direção à costa, a crista vai ficando cada vez mais alta e a parte mais baixa (cavado da onda) cada vez mais perto da areia. Até que em um determinado momento a onda perde o equilíbrio e quebra por cima do cavado, podendo quebrar na área de rebentação de várias formas. A formas mais conhecidas são: mergulhante e deslizante. Quando as ondas quebram mergulhando, elas formam os famosos tubos d’água, que são adorados pelos surfistas. Já a quebra deslizante acontece em praias rasas e pouco inclinadas, o que faz com que a onda vá quebrando gradativa e suavemente, antes mesmo de chegar mais perto da costa.