A samaúma, também conhecida como sumaúma e algodoeiro é a maior árvore da Amazônia e uma das maiores do mundo. Chega a ter 60 metros de altura e 40 metros de copa e o seu tronco é muito volumoso, até 3 m de diâmetro. É uma planta tropical nativa do México, América Central e Caraíbas, norte da América do Sul e da África Ocidental. Essa árvore consegue retirar a água das profundezas do solo e trazer não apenas para abastecer a si mesma, mas também para repartir com outras espécies, pois suas raízes, conhecidas como sapopemba, arrebentam em determinadas épocas do ano irrigando toda a área em torno dela.
A madeira é o principal uso da sumaúma, caracteriza-se como leve, macia e de baixa durabilidade natural. Pode ser utilizada na construção de embarcações, miolo de compensados e produção de pasta celulósica. Seu mais importante uso secundário é o aproveitamento da fibra que envolve as sementes, conhecida como “kapok” (semelhante ao algodão), utilizada como enchimento para colchões, travesseiros, salva-vidas (por ser impermeável à umidade). Outro uso secundário da sumaúma é o medicinal. Sua seiva é usada para curar a conjuntivite. O chá da casca é diurética e é usada para curar a malária. Alguns componentes químicos obtidos da casca das raízes mostram moderada atividade contra dois tipos de bactérias (Bacillus subtilis e Staphylococcus aureus) e dois fungos (Aspergillus niger e Candida albicans).
Os nativos consideram-na “a mãe” de todas as árvores, seus troncos volumosos muitas vezes formam verdadeiros compartimentos, transformados em habitações pelos indígenas, caboclos e sertanejos. As raízes são usadas na comunicação pela floresta, que é feita através de batidas em tais estruturas que podem ser ouvidas até 1 km de distância.