O “rio” Hamza é um fluxo de água que está a cerca de 4.000 metros de profundidade, abaixo do rio Amazonas e foi descoberto por um grupo de cientistas brasileiros há alguns anos atrás. A descoberta foi possível graças às investigações feitas em 241 poços que a empresa petrolífera da Petrobras perfurou na região amazônica entre os anos 1970 e 1980 em busca de hidrocarbonetos. Os pesquisadores decidiram batizar o rio subterrâneo como Hamza, em homenagem à cientista indiana Valiya Mannathal Hamza, que estuda a região por mais de quatro décadas.
Há um debate para determinar se Hamza pode ser considerado um rio ou não. De qualquer forma, essas águas subterrâneas tem um comprimento de 6.000 quilômetros, fluem em um curso semelhante ao do rio Amazonas e têm um fluxo calculado de cerca de 3.000 metros cúbicos por segundo. Pode parecer muito, mas este fluxo representa apenas 3% do que é calculado para o rio Amazonas, que tem suas fontes na selva peruana, flui para o Oceano Atlântico no extremo norte do Brasil e é considerado o rio mais longo do mundo, com uma extensão de cerca de 6.800 quilômetros.
A importância de encontrar Hamza reside na possibilidade de encontrar outros sistemas de rios similares em outras partes do planeta. Os cientistas especulam que, quando há um rio quase paralelo à Amazônia, esse fenômeno pode ser repetido em outros lugares.