O Brasil é um país muito rico em biodiversidade e também em recursos hídricos, facilitando a perpetuação de ecossistemas diferentes que são chamados de biomas. Hoje vamos falar, especificamente, sobre o bioma do Pantanal.
Você sabia que aqui no Brasil esse bioma é encontrado na região do sudoeste do Mato Grosso e oeste do Mato Grosso do Sul?! E ainda encontramos este bioma no Paraguai e também na Bolívia, e que esta região é considerada uma planície alagável, onde a característica marcante são as inundações de longa duração que ocorrem durante o ano?!
Apesar de ser considerado o menor bioma do Brasil, em torno de 2 % do território brasileiro, o Pantanal é o bioma muito rico em biodiversidade e abriga em torno de 4700 espécies de animais e plantas, e por isso, a preocupação em preservar e conservar a região tem aumentado a cada ano! (Falamos sobre o pantanal também neste link: https://www.iguiecologia.com/pantanal/).
Há alguns anos, um estudo realizado em parceria pelo WWF, The Nature Conservancy e Centro de Pesquisas do Pantanal detectou que a metade da bacia pantaneira está sob alto e médio risco ambiental, sendo necessária a proteção urgente de 14% da região. O Pantanal depende da manutenção do ciclo da água, pois é ele que permite o subir e baixar das águas e a inter-relação entre as espécies. Qualquer desequilíbrio causado pela degradação ambiental afeta diretamente esse ciclo e pode comprometer o ecossistema e ainda causar a modificação de toda essa paisagem. Imaginem o tamanho do desequilíbrio ambiental que seria?
Mas a notícia boa é que o resultado deste estudo foi a elaboração de um movimento pela conservação e recuperação das águas do Pantanal, denominado como “Pacto pelo Pantanal”.
A ideia do pacto surgiu para garantir, além da integridade ecológica do Pantanal, água limpa e abundante para todos os usos da população. O movimento traz a colaboração de voluntários dos setores: público (por meio do governo federal, estadual, prefeituras e câmaras de vereadores), o setor privado (empresários, principalmente representantes do agronegócio e do setor elétrico) e a sociedade civil (organizações não governamentais, sindicatos e associações), onde cada integrante se compromete a desenvolver, em sua região, pelo menos três ações beneficentes as nascentes ou aos rios locais. Alguns exemplos são: recuperação de nascentes, reflorestamento de mata ciliar, recuperação de Áreas de Proteção Permanente (APPs), adequação ambiental de estradas rurais e estaduais, melhoria do saneamento básico, cursos de capacitação e educação ambiental.
Os depoimentos dos voluntários do pacto mostram que sem a parceria que existe eles não seriam capazes de recuperar sequer uma nascente, o que deixa muito claro que juntos somos mais fortes e que o diálogo é sim um grande aliado às tomadas de decisão.
Vale lembrar que a conservação dos recursos hídricos vai muito além das questões ambientais, pois eles são essenciais para a sobrevivência humana e para o desenvolvimento econômico, envolvendo áreas como saúde, educação, saneamento básico e economia!