Tanatose é um mecanismo de defesa pouco comum, usado por algumas espécies de animais. Mas ela não se baseia em somente fechar os olhos e se fingir de morto. Alguns animais exalam mal cheiro, ficam inchados e conseguem diminuir a frequência cardíaca e respiratória. O tempo de duração da tanatose pode variar de 30 segundos, como no caso do sapo cururu, até 30 minutos, como no caso da aranha Hoplobunus mexicanus. A origem grega desse termo refere-se a Thanatos, deus da morte.
Mas será que essa técnica realmente é eficaz?
Sim! Alguns predadores precisam matar o seu alimento antes de ingeri-lo, outros necessitam sentir o calor da presa e outros vão negar um alimento que cheira tão mal.
Em lagartos, observamos que alguns atos de defesa são o despreedimento da cauda e fuga. Mas em um estudo realizado no Rio grande do Sul (Baixar o estudo) foi descrito o primeiro registro de tanatose em uma população de Liolaemus occipitalis em área de dunas costeiras. Um total de 86 indivíduos foram testados e durante o manuseio destes animais 75,6% exibiram o comportamento de tanatose. A duração deste comportamento foi maior quando o observador permanecia a distâncias mais próximas dos lagartos, sugerindo uma capacidade dos animais em avaliar o risco de predação.
Alguns exemplos de outros animais que costumam se defender usando o mecanismo de defesa tanatose:
- Physalaemus kroyeri – spp. de rã.
- Trichodactylus panoplus – spp. de caranguejo.
- Didelphis marsupialis, gambá comum – spp. de gambá.
O peixe dorminhoco (Haplochromis livingstonii), também tem esse comportamento, porém não é para escapar de um predador. Ele é o caçador e está atraindo a sua presa com esse comportamento. Deste modo, ele consegue ingerir peixes menores e curiosos que se aproximam, permanecendo neste comportamento por atém 30 minutos!