O pinguim-imperador (Aptenodytes forsteri) é a maior ave da família dos pinguins. Os adultos podem medir até 1,22 metros de altura e pesar até 37 kg.
Ele é caracterizado pela plumagem multicolorida: cinza-azulado nas costas, branco no abdômen, preto na cabeça e nas aletas. Esta espécie apresenta também uma faixa alaranjada em torno dos ouvidos. Sua alimentação baseia-se em pequenos peixes, krill e lulas.
O padrão reprodutivo é bastante característico. As fêmeas põem um único ovo em maio/junho, no final do outono, que abandonam imediatamente para passar o inverno no mar. O ovo é incubado pelo macho durante cerca de 65 dias, que correspondem ao inverno antártico (lembra do filme Happy feet??). Para superar temperaturas de -40 °C e ventos de 200 km/h, os machos amontoam-se e passam a maior parte do tempo dormindo para poupar energia. Eles nunca abandonam o ovo e sobrevivem à base da camada de gordura acumulada durante o verão. A fêmea substitui o macho apenas quando regressa no princípio da primavera.
Essas aves ganharam um novo aliado: a observação por satélite! Com essa nova metodologia é possível contabilizar novas colônias reprodutivas em lugares de difícil acesso, elevando a população em 5-10%, para talvez até 278.500 pares reprodutivos.
As imagens infravermelhas dos satélites revelaram locais não visualizados anteriormente de reprodução e confirmaram a existência de outros que haviam sido discutidos na era anterior às imagens espaciais de alta resolução. As novas identificações elevam o número de colônias ativas conhecidos de 50 para 61. Dois dos novos locais estão na região da Península Antártica, três estão no oeste do continente e seis no leste.
As colônias de pinguins, de acordo com o visualizado nas imagens, mantem uma distância de aproximadamente 100 km entre si. É impossível contar pinguins individualmente a partir das imagens de satélite, mas os pesquisadores podem estimar os números em colônias a partir do tamanho dos agrupamentos de pássaros. Mas como identificar as colônias do espaço? A resposta está nas fezes dos animais, que são conhecidas como guano.
Porém, essa história vem com uma forte advertência pois os locais recém-descobertos não estão em locais conhecidos como refúgio – áreas com gelo marinho estável, como o Mar de Weddell e o Mar de Ross. Todos estão em locais mais vulneráveis ao norte que provavelmente perderá seu gelo marinho.
Se o gelo se formar muito tarde ou romper muito cedo, os filhotes serão forçados a mergulhar no mar antes de estarem prontos, antes de perderem suas penugens e adquirirem as penas que são à prova d’água.
As tendências do gelo marinho da Antártica nas últimas décadas têm sido bastante estáveis, embora com algumas grandes mudanças regionais. Mas os modelos climáticos preveem perdas significativas neste século, sendo que a população desta ave provavelmente diminuirá em pelo menos um terço nas próximas três gerações, dizem os especialistas.