Áreas úmidas são ecossistemas situados entre a água o solo. Compreende tanto áreas marinhas e costeiras quanto as continentais e artificiais. A definição do conceito de área úmida surgiu na Convenção de Ramsar. O tratado intergovernamental celebrado no Irã, em 1971, marcou o início das ações nacionais e internacionais para a conservação e o uso sustentável das zonas úmidas e de seus recursos naturais. Segue a definição oficial oriunda desse tratado: “é considerada zona úmida toda extensão de pântanos, charcos e turfas, ou superfícies cobertas de água, de regime natural ou artificial, permanentes ou temporárias, contendo água parada ou corrente, doce, salobra ou salgada. Áreas marinhas com profundidade de até seis metros, em situação de maré baixa, também são consideradas zonas úmidas“.
No Brasil, existem vários tipos de áreas úmidas: manguezais, campos alagáveis, praias, veredas, várzeas amazônicas, igapós e pantanal. Há ainda as áreas irrigadas para agricultura, reservatórios de hidrelétricas etc.
As áreas úmidas são importantes tanto para os seres humanos quanto para a natureza, em especial para a manutenção da biodiversidade, principalmente de espécies endêmicas e com valor comercial. Tem papel importante no ciclo hidrológico, ajudando no reabastecimento dos aquíferos e ampliando a capacidade de retenção de água. Além disso, cumprem um papel vital no processo de adaptação e redução das mudanças climáticas, já que muitos desses ambientes retiram grandes quantidades de carbono do ar.