Cerrado é o nome dado às savanas brasileiras e é o segundo maior bioma da América do Sul, ocupando uma área de 2.036.448 km2, cerca de 22% do território nacional. A sua área contínua incide sobre os estados de Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Bahia, Maranhão, Piauí, Rondônia, Paraná, São Paulo e Distrito Federal, além dos encraves no Amapá, Roraima e Amazonas. Neste espaço territorial encontram-se nascentes ou leitos de rios de oito bacias hidrográficas dentre as doze que existem no país, entre eles as nascentes de três maiores bacias hidrográficas da América do Sul (Amazônica/Tocantins, São Francisco e Prata). Por isso é conhecido por muitos como o berço das águas.
A vegetação do cerrado é caracterizada por presença marcante de gramíneas, árvores de galhos tortuosos e de pequeno porte com cascas duras e grossas e folhas cobertas de pelos e pode ser classificado como:
- Cerradão: é a denominação de uma formação florestal do cerrado, com árvores podendo alcançar até 15 metros de altura.
- Campo sujo: é um tipo de Cerrado formado de vegetação com fisionomia herbácea e arbustiva com arbustos e subarbustos espaçados entre si, geralmente estão sobre solos mais rasos que podem apresentar pequenos trechos de rochas ou solos mais profundos, mas pouco férteis.
- Campo cerrado: é um tipo de vegetação campestre, com predomínio de gramíneas, pequenas árvores e arbustos bastante esparsos entre si e árvores geralmente isoladas.
- Campo limpo: é o nome dado a extensão de terras sem mata, recoberto por plantas herbáceas, principalmente gramíneas.
Considerado como um hotspots mundiais de biodiversidade, o Cerrado apresenta extrema abundância de espécies endêmicas e sofre uma excepcional perda de habitat. Do ponto de vista da diversidade biológica, o Cerrado brasileiro é reconhecido como a savana mais rica do mundo. Além dos aspectos ambientais, o Cerrado tem grande importância social. Muitas populações sobrevivem de seus recursos naturais, incluindo etnias indígenas, quilombolas, geraizeiros, ribeirinhos, babaçueiras, vazanteiros e comunidades quilombolas que, juntas, fazem parte do patrimônio histórico e cultural brasileiro, e detêm um conhecimento tradicional de sua biodiversidade.