Hoje em dia ouvimos muito falar em coleções biológicas que possuem acervo de dezenas de anos… mas o que são e qual é a sua importância?
As coleções biológicas são conjuntos de organismos, ou as vezes partes destes, organizados de modo a fornecer informações sobre a procedência, coleta e identificação de cada um de seus espécimes. Os organismos podem ser preservados para estudos taxonômicos, para documentação a partir de testemunhos e para preservação de material genético. São fontes de conhecimento que pode ficar disponível por muito tempo e, com o avanço da tecnologia, podemos extrair informações que não eram possíveis anteriormente.
Deste modo, é possível obter informação sobre a composição, distribuição da biodiversidade em um determinado ambiente. Essas informações são fundamentais para o desenvolvimento das pesquisas científicas, para que o poder público possa tomar decisões corretas e para que seja possível definir estratégias de conservação.
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), possui coleções que foram iniciadas no início do século 20. Com as primeiras expedições científicas os pesquisadores da instituição coletaram, analisaram e depositaram material biológico de diferentes regiões do Brasil. Hoje em dia 33 coleções reconhecidas contam com o apoio da Fiocruz. Elas são divididas em 5 categorias: coleções microbiológicas, coleções zoológicas, coleções histopatológicas, coleção de botânica e coleção arqueopaleontológica.
Os itens das coleções mostram a biodiversidade genética de bactérias, fungos, protozoários, parasitas, insetos, moluscos, amostras histopatológicas de humanos, de animais e de vegetais de uso medicinal.
Porém, infelizmente, para se manter uma coleção requer a disponibilidade de recurso financeiro permanente, pois é necessário um espaço para acondicioná-las e, dependendo da coleção, existe um modo específico de preservação dos itens. Mas, devemos lembrar que os recursos biológicos de um país devem ser resguardados e protegidos, pois são essenciais ao seu desenvolvimento.