Um dos grandes problemas ambientais atualmente é a quantidade de lixo produzido. Dados divulgados pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) apontam que a quantidade de lixo cresce a uma taxa cinco vezes maior do que a taxa de crescimento da população. Só em 2015 foram geradas 79,9 milhões de toneladas de lixo em todo país. Junto com isso a destinação incorreta do lixo agrava ainda mais esse problema. Mesmo que uma parte do lixo seja reciclada resta uma grande parte de lixo que deve ser descartado em algum lugar. E a partir disso, começa outro problema. Um dos locais de destino do lixo, os lixões, são prejudiciais ao meio ambiente e deveriam ter sido fechados até 2014. Entretanto o Brasil ainda tem quase 3 mil lixões funcionando em 1600 cidades. Vamos explicar melhor como funciona cada um desses locais:
- O lixão é um local sem nenhum preparo para receber o lixo. Geralmente são alocados em locais longe das cidades justamente para que o mal cheiro não seja sentido pelos moradores. Neles o lixo é simplesmente jogado dia após dia, como o solo não recebeu nenhuma preparação, o chorume (líquido poluente originado da decomposição dos resíduos orgânicos) pode penetrar no solo, contaminado o solo e o lençol freático. Além disso, o lixo exposto acaba atraindo animais que são vetores de doenças.
- Já o aterro sanitário é uma área que foi preparada previamente para receber o lixo. O solo é impermeabilizado com uma camada de argila e depois com uma lona plástica e possui uma sistema para coletar o chorume produzido. Todos os dias o lixo é aterrado para evitar o acesso dos vetores de doenças e até mesmo o metano, gás produzido pela decomposição do lixo, é captado e pode ser utilizado na geração de energia. Mas existem aterros irregulares onde o lixo depositado fica a céu aberto e segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 40% do lixo chega aos aterros oficiais, mas somente 11% deles operam de maneira adequada.
Vamos aprender mais assistindo esse vídeo: