A formação das ondas é resultado da ação dos ventos sobre a água e o movimento proveniente dessa interação transporta energia cinética, que pode ser aproveitada para a captação de energia elétrica. O movimento das marés também pode ser utilizado para esse fim, fornecendo assim energia elétrica limpa e renovável, energia maremotriz. A energia proveniente do mar tem uma vantagem sobre outras formas de energia sustentável: a formação das ondas são constantes, diferentemente do vento e do sol, o que permite a produção regular de eletricidade, sem tanta oscilação. Podem ser obtidas dois tipos de energia maremotriz: a energia cinética das correntes devido às marés e a energia potencial pela diferença de altura entre as marés alta e baixa.
A primeira usina para gerar energia elétrica através das ondas foi construída na França, em 1966, e atualmente há pelo menos 15 operando pelo mundo, a maioria ainda não comercialmente. No Brasil, por um breve período de tempo (no ano de 2012) funcionou a primeira usina de ondas da América Latina, no Porto do Pecém, Ceará. Desenvolvida pelo Laboratório de Tecnologia Submarina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com tecnologia 100% brasileira, ela ocupava uma área de 200 m2 e produzia 600 kWh/dia, o suficiente para atender mais de 300 casas.
Existem diversas formas e tecnologias empregadas para gerar energia das ondas, mas os altos custos ainda impedem que esse tipo de energia seja usada comercialmente. Com a busca por novas tecnologias para produção de eletricidade com baixo impacto ambiental, provavelmente em breve teremos mais uma forma eficaz de gerar energia e o mais importante: sem prejudicar o meio ambiente.
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