A península Russa de Yamal, que fica ao norte da Rússia em Iamália-Nenétsia, é rodeada pelo Mar de Kara, Baía Baydaratskaya e Golfo de Ob. É praticamente desabitada e o seu solo é maioritariamente permafrost.
O permafrost ou pergelissolo (em português) é o tipo de solo encontrado na região do Ártico. É constituído por terra, gelo e rochas permanentemente congelados (do inglês perma = permanente, e frost = congelado, ou seja: solo permanentemente congelado). Esta camada é recoberta por uma camada de gelo e neve que, ao derreter-se no verão, torna a superfície do solo pantanosa, uma vez que as águas não são absorvidas pelo solo congelado.
Mas o que surgiu nas águas rasas de um lago nessa região no dia 23 de julho? A resposta são ossos de um mamute adulto bem preservado, como: parte do crânio, várias costelas e ossos da parte dianteira, alguns com tecidos moles ainda presos a eles. Suspeita-se que esse animal viveu na terra há 10 mil anos atrás. Cientistas ainda permanecem no local em busca de mais material biológico deste animal.
O mamute é um animal extinto que pertenceu ao gênero Mammuthus e à família Elephantidae incluída nos proboscídeos. Como os elefantes, estes animais apresentavam tromba e presas de marfim encurvadas, que poderiam atingir cinco metros de comprimento, porém possuíam o corpo coberto por pelo. Eles morreram no final da Era do Gelo, sendo que alguns cientistas afirmam ser o Homem o causador da sua extinção, outros apontam que a extinção final foi causada por uma mudança relativamente súbita no ambiente em que esses animais viviam. Um estudo mais recente divulgou sinais de diversidade genética declinante, ou seja muita procriação consanguínea (acasalamento entre parentes) em uma população pequena, o que poderia ter sido a causa de morte destes animais.
Mas, esses achados arqueológicos estão sendo cada vez mais frequentes devido as mudanças climáticas. Pois ocorre no Ártico um aquecimento mais rápido do que no resto do mundo, ocasionando o derretimento do solo em algumas regiões. Em dezembro de 2018, um cachorro pré-histórico, que viveu na região há 18 mil anos atrás, foi encontrado na região do permafrost do Extremo Oriente da Rússia.