As Trimatas, como eram conhecidas Jane Goodall, Dian Fossey e Birutė Galdikas. Todas Incentivadas pelo paleontólogo Louis Leakey a estudar os primatas do velho mundo, como são conhecidos os chimpanzés, gorilas e os orangotandos. Após o estudo delas tudo o que se conhecia sobre esses animais era especulação. Elas revolucionaram o conhecimento desses primatas e nos mostraram a sua importância, o quão frágil eles ainda são e como necessitam de nossa ajuda. Foram estrelas além do tempo pois passaram por dificuldades inimagináveis para uma mulher naquela época e atingiram resultados incríveis que se perpetuam até hoje. Deste modo, saudamos o dia do biológo com essas três mulheres, as Trimatas!
Jane Goodall, com apenas 26 anos em 14 de julho de 1960, chegou ao Quênia para ser secretaria de Louis Leakey, um famoso paleontólogo. Porém devido ao seu grande interesse na área Leakey a enviou para o Parque Nacional de Gombe, na Tanzânia! E, foi neste lugar que Jane revolucionou os estudos sobre chipanzés, fazendo descobertas importantíssimas sobre a espécie, como a capacidade de fabricar e usar ferramentas, que poderiam facilitar o seu dia a dia, além de registrar que eles também eram carnívoros e que faziam canibalismo.
Conheça The Jane Goodall Institute no site: https://www.janegoodall.org/
Vejam o vídeo que relata a sua história de coragem para tornar um sonho realidade:
Dian Fossey em setembro de 1963, chega ao Quénia. Em seguida, viaja até à Tanzânia (antigo estado de Tanganica) onde conhece o paleontólogo Louis Leakey. Em 16 de Outubro de 1963, chega ao Congo (antigo Zaire) com uma certeza, a de querer estudar os gorilas. Nas montanhas Virunga, habitat natural dos gorilas-das-montanhas, observa um deles pela primeira vez.
Em 1966, reencontra-se com Louis Leakey que a convida para voltar a África e desenvolver um longo estudo sobre os gorilas-das-montanhas. Em dezembro desse ano, Dian regressa então à Tanzânia e passa os primeiros tempos no Parque Nacional de Gombe com a primatóloga Jane Goodall, com a qual aprende as técnicas de observação e registo comportamental dos primatas. Viaja depois para o Congo onde instala o primeiro campo com a ajuda do fotógrafo Alan Root.
Inicialmente verificou que os gorilas se escondiam na vegetação quando ela se aproximava. Contudo, ao longo do tempo, foram ganhando confiança e aceitaram a sua presença. De modo a poder ser aceita pelo grupo, Dian imitava os comportamentos dos gorilas tais como os movimentos, as vocalizações ou a mastigação de folhas.
Em 1967, a instabilidade política local obrigou-a a fugir do Congo. Mas não a fez desistir do seu sonho e decidiu então, e contra o parecer da embaixada dos EUA, continuar os estudos do lado ruandês das montanhas Virunga. Em setembro desse ano, fundou o Centro de Investigação Karisoke. Os seus esforços foram finalmente recompensados quando Peanuts, um jovem gorila, estendeu o braço e tocou-lhe a mão, este momento foi registrado pelo fotografo Bob Campbell que fez dela a capa da revista National Geographic, tornando-se numa celebridade internacional e mudando para sempre a visão, que o mundo de então tinha, dos gorilas.
Porém quando Digit, um dos gorilas estudados, foi morto pelos caçadores ela começou uma campanha contra a caça. Em 1985 Dian foi encontrada morta em sua cabana, fruto de um assassinato. Porém seus esforços vivem até hoje pois os animais são protegidos agora pelo governo ruandês e várias organizações de conservação internacionais, inclusive o The Dian Fossey Gorilla Fund International (https://gorillafund.org/) .
Birutė Galdikas, aos 25 anos, chegou a Bornéu para começar seus estudos de campo sobre orangotangos em um ambiente de selva extremamente inóspito para a maioria dos ocidentais. Galdikas passou a fazer muitas contribuições inestimáveis para o entendimento científico da biodiversidade da Indonésia e da floresta tropical como um todo, ao mesmo tempo em que trouxe o orangotango à atenção do resto do mundo.
Quando ela chegou em Bornéu, se estabeleceu em uma cabana de sapé, num local que ela apelidou de Camp Leakey, perto da borda do Mar de Java. Uma vez lá, ela encontrou vários caçadores ilegais, legiões de sanguessugas e enxames de insetos carnívoros. No entanto, ela insistiu durante muitos anos, permanecendo lá por mais de 30 anos, tornando-se defensora dos orangotangos e preservando seu habitat de floresta tropical, que está sendo rapidamente devastada por madeireiros, plantações de óleo de palma e mineradores de ouro.
Os esforços de conservação estenderam-se muito além da defesa de direitos, concentrando-se principalmente na reabilitação dos muitos orangotangos órfãos entregues a ela para o cuidado. Muitos desses órfãos já foram animais de estimação ilegais, antes de se tornarem espertos e difíceis demais para seus proprietários. Os esforços de reabilitação através da Orangutan Foundation International (https://orangutan.org/ ) também incluem a preservação da floresta tropical.