Infelizmente a notícia não é boa. A Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA), uma instituição governamental que faz parte do Departamento de Comércio dos Estados Unidos, lançou agora em agosto, um estudo sobre o clima de 2017. Os resultados mostram que 2017 foi o terceiro ano mais quente, perdendo apenas para 2016 e 2015.
Lendo algumas informações do estudo, no qual o mesmo está disponível para download no final da matéria, fico muito preocupada com o destino do nosso planeta.
Alguns dados deixei em destaque abaixo:
- Em 2017, os gases de efeito estufa liberados na atmosfera – dióxido de carbono, metano e óxido nitroso – atingiram novos recordes. A média anual global da concentração de dióxido de carbono na superfície da Terra em 2017 foi de 405,0 ± 0,1 ppm, 2,2 ppm superior a 2016.
- A menor temperatura troposférica (veja a ilustração para entender) anual também foi a segunda ou terceira maior de acordo com todos os dados analisados. A temperatura estratosférica inferior foi de cerca de 0,2°C maior do que a temperatura fria recorde de 2016, de acordo com a maioria dos dados in situ e via satélite. Vários países, incluindo Argentina, Uruguai, Espanha e Bulgária, relataram altas temperaturas anuais recordes.
- Em 27 de Janeiro, a temperatura atingiu 43,4°C em Puerto Madryn, Argentina, a temperatura mais alta registrada até agora ao sul, na latitude 43°S, em qualquer parte do mundo.
- Em 28 de maio em Turbat, oeste do Paquistão, a alta de 53,5°C foi considerada a maior temperatura do Paquistão.
- No Ártico, a temperatura da superfície terrestre de 2017 era de 1,6°C acima da média de 1981–2010, a segunda mais alta desde o recorde que teve seu inicio em 1900, atrás apenas de 2016, sendo que as maiores temperaturas do Ártico ocorreram desde 2007.
- Em agosto, o recorde da alta temperatura da superfície do mar foi quebrado para o Mar Chukchi (situado no oceano Ártico, entre Chukotka no oeste e Point Barrow no Alasca ao leste) com algumas regiões tão quentes quanto +11°C, ou 3° a 4°C mais quentes que a média a longo prazo dos anos de 1982 ao presente.
- De acordo com estudos paleoclimáticos, o ar ártico e as temperaturas de superfície do mar estão anormalmente quentes, fenômeno que não foi observado nos últimos 2000 anos.
- O aumento das temperaturas levou à diminuição da extensão e espessura do gelo do mar Ártico. Em 7 de março, a extensão do gelo do mar no final da temporada de crescimento atingiu seu máximo mais baixo, dentre 37 anos de estudo, cobrindo 8% menos área que a média de 1981–2010.
- O mínimo de gelo do mar Ártico em 13 de setembro foi o oitavo menor registrado e cobriu 25% menos área do que a média de longo prazo. Dados preliminares indicam que as geleiras em todo o mundo perderam massa pelo 38º ano consecutivo.
- Nos oceanos, o aquecimento global de longo prazo na superfície das águas permaneceu forte. Embora a temperatura da superfície da água do mar tenha esfriado um pouco de 2016 para 2017, os últimos três anos produziram os três maiores valores observados e essas altas anormais foram associadas com branqueamento de corais.
- Nos trópicos, 2017 presenciou 85 tempestades tropicais, um pouco acima da média quando comparado aos anos de 1981 a 2010, de 82 tempestades.
- A Rússia relatou seu segundo ano mais chuvoso após 2013 e Noruega experimentou seu sexto ano mais chuvoso desde 1900.
Diante desses poucos fatos podemos notar que se não agirmos conscientemente em relação ao clima, ao meio ambiente, tudo só vai piorar!
O que você está fazendo para melhorar?