Muitas pessoas confundem, e até usam como sinônimos, as palavras lago, lagoa e laguna. O que é compreensível pois são ambientes visualmente semelhantes: são massas de água rodeadas por terra. Entretanto essas palavras se referem a corpos d’água com algumas características distintas.
A mais fácil de ser diferenciada é a laguna. Ela é definida como um ambiente de águas paradas, separadas do mar por algum tipo de barreira (formações rochosas, barreiras de areia ou recifes) e está localizada próximo ao mar. Lagunas recebem ao mesmo tempo água doce da chuva e dos rios e água salgada quando ocorre a ingressão das marés. Todas as lagunas têm uma ou mais entradas, ou seja, uma conexão com o mar. Dependendo das características de cada local, as águas de uma laguna podem ser doces, salobras ou salgadas. Podendo sofrer leves alterações nas diferentes épocas do ano. Por isso poucos animais ou vegetais vivem nesses locais, pois poucos conseguem sobreviver às alterações constantes das águas de uma laguna.
Os lagos e lagoas são cavidades no solo localizados em altitudes inferiores ao ambiente ao redor, retendo e acumulando água. São mais difíceis de serem diferenciados um do outro até por que não existe um consenso universal no que difere um lago de uma lagoa. O critério mais utilizado é o tamanho, mas não existem medidas mínimas e máximas para definir cada um. O único consenso é: os lagos são maiores do que as lagoas. Há outros critérios sugeridos para fazer essa distinção, a formação geológica é um deles. Segundo esse critério os lagos são resultados de transformações em grande escala que aconteceram principalmente no período glacial (1,6 milhão de anos atrás). O lento deslocamento das geleiras abria grandes depressões no solo, onde a água se acumulava. Isso explica a alta concentração de lagos no hemisfério norte (zona bastante afetada pela glaciação).