Ao ver essas fotos dos lagos verdes, vermelhos e rosas podemos pensar que se trata de uma foto manipulada digitalmente ou que essas cores tão diferentes são resultado da ação do homem. Mas eles são reais e cada um tem uma particularidade que confere essa coloração diferente a eles. Normalmente a água do lago, do rio, da cachoeira ou da torneira, é sempre transparente, e a cor que nós vemos vai depender da quantidade de areia e outros microorganismos que não conseguimos ver e que acabam refletindo a luz do sol. Quando estamos longe da água, estamos vendo o sol refletindo nessas substâncias em maior quantidade, que absorvem as outras cores e refletem o azul. Mas quando vemos de pertinho esse reflexo diminui, e a água fica transparente de novo.
Mas esse não é o caso dos lagos coloridos do monte Kelimutu, na Indonésia. Acredita-se que as mudanças de coloração das águas sejam resultado de reações químicas dos minerais contidos nos lagos, talvez provocado por atividade do gás vulcânico. Algo parecido ocorre em um pequeno lago na Nova Zelândia, pois devido ao lago estar próximo de um vulcão adormecido há um acúmulo de súlfuro abaixo do lago que ao se desprender chega à superfície e altera a sua cor, deixando-o verde.
Enquanto esses lagos possuem uma única cor, a Grande Fonte Prismática localizada no parque Yellowstone nos Estados Unidos possui várias cores. Esse lago é uma grande fonte de água quente que possui uma diversidade de cores brilhantes. Só que nesse caso são bactérias que deixam a água colorida. A parte azul, no centro, tem uma temperatura extremamente elevada o que torna quase inviável a presença de bactérias. As demais partes que vão do verde ao laranja são zonas com temperaturas sucessivamente menores e é onde crescem as bactérias que gostam deste calor. Os pigmentos coloridos são produzidos por essas bactérias como protetores solares naturais. Dependendo da quantidade de clorofila ou carotenoides o resultado é o espectro de cores que vai do azul claro do centro ao laranja das bordas.