Os lagos de Gippsland são uma rede de lagos, pântanos e lagoas no leste de Gippsland, Victoria, Austrália, cobrindo uma área de cerca de 354 quilômetros quadrados. Os maiores dos lagos são o Lago Wellington, o Lago King e o Lago Vitória. Os lagos são alimentados coletivamente pelos rios Avon, Thomson, Latrobe, Mitchell, Nicholson e Tambo. A área contem cerca de 400 espécies nativas da flora (plantas) e 300 espécies da fauna (animais), sendo considerada uma área de preservação.

A região sempre foi um ponto de turismo conhecido, atraindo pessoas principalmente para a prática de pesca e passeios de barco. Porém, a partir do verão de 2006 uma série de acontecimentos resultou em um fenômeno raro e impressionante: o lago foi tomado por algas capazes de realizar bioluminescência (www.iguiecologia.com/bioluminescencia/) fazendo com que o lago brilhe no escuro. Neste ano houve cerca de 70 incêndios na região dos lagos, afetando praticamente toda a bacia, no ano seguinte as chuvas na região foram acima do normal, provocando inundações misturando a água doce dos lagos com água salgada do mar e por fim, em 2008 quantidades maciças de cinzas e solo rico em nitrogênio foram lavadas para dentro do complexo de lagos.

Essa combinação de fatores resultou em um surto de algas chamadas de Noctiluca Scintillans, que durante o dia são visíveis como manchas vermelhas e a noite brilham. Estas algas tem um efeito fluorescente e cada vez que as águas se agitavam a luminosidade aumentava. Muitas dessas condições continuam atingindo os lagos mas o fenômeno da bioluminescência nunca foi tão forte como no verão de 2008. A boa notícia é que essas algas não causam mal algum para o meio ambiente e para os outros seres que vivem nos lagos.

Para se conseguir um melhor registro deste acontecimento, os fotógrafos aumentam o tempo de exposição da fotografia, fazendo com que o efeito da bioluminescência seja mais evidente.