Esse ano fomos surpreendidos pela notícia de um frio intenso que atingiria o sul e sudeste do Brasil, sendo considerado um dos invernos mais rigorosos. Mas um outro um país que está acostumado a temperatura baixíssimas está vivendo dias de intenso calor, como por exemplo o Canadá.

Já conversamos muito sobre isso em https://www.iguiecologia.com/aquecimento-global/ . Mas essas diferenças de temperaturas estão se tornando preocupantes. No Canadá, pesquisadores da Universidade de British Columbia, na costa oeste do país, estimam que a onda de calor recorde no início do mês de julho possa ter matado mais de um bilhão de animais costeiros que viviam ao longo da costa do Mar Salish.

As temperaturas chegaram a 40ºC em Vancouver, o que levaram os pesquisadores a utilizarem câmeras infravermelhas para registrarem temperaturas acima de 50ºC nos ambientes costeiros rochosos. Uma imagem foi realizada no dia 28 de junho, pelo pesquisador Chris Harley, em Lighthouse Park em West Vancouver no qual é possível verificar a escala mostrando a temperatura mais quente e mais fria no momento do registro.

Segundo o pesquisador, esses animais que vivem nos costões rochosos podem suportar temperaturas altas de aproximadamente 30ºC por curtos períodos de tempo. Porém, esse calor severo combinado com a maré baixa fez com que os animais não conseguissem se refrescar ocasionando a morte de todos eles.

Para termos uma noção de quantos animais foram afetados, o pesquisador fez uma analogia, imagine cerca de 2.000 mexilhões em uma área do tamanho do seu fogão de mesa, imagine agora quantos fogões de mesa caberia no Stanley Park e, em seguida, quantos Stanley Parks cabem no Mar Salish. Deste modo, não são poucos animais e sim um número extremamente grande de animais afetados e que acabaram morrendo.

O pesquisador ainda afirma que a qualidade de água será afetada pois esses animais são filtradores. Mas a notícia boa é que é esperado que esses animais recuperem sua população em um ou dois anos, caso as temperaturas permaneçam estáveis.

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