Os peixes em geral podem viajar grandes distâncias, encontrando muitos obstáculos e predadores. Mesmo assim no final desta jornada sobrevivem e dão continuidade à vida de sua população. O salmão é um dos peixes que mais se conhece sobre os processos de migração. Estes peixes migram apenas 2 vezes na vida, primeiro eles partem dos rios (onde eles nascem) e vão em direção ao mar e depois quando estão aptos a reprodução, conseguem identificar os locais onde nasceram com exatidão e voltam para desovar.
As migrações mais espetaculares são as de cinco espécies de salmão do Pacífico (sockeye, prata, real, rosado e chum). Entre os dois e quatro anos de vida os peixes abandonam o mar e regressam às zonas de reprodução nas águas doces entre a Coréia do Norte e a Sibéria e entre a Califórnia Central e o Alasca, como o salmão-vermelho. A viagem que fazem é longa e difícil, assim que chegam no rio o salmão não se alimenta e sobrevive apenas com a gordura acumulada previamente. Para chegar até o local de desova frequentemente atravessam correntes rápidas, turbulentas e até mesmo quedas d’água.
O salmão pode nadar até 90 km por dia até chegar a área de reprodução e muitos morrem no caminho, seja por exaustão física, por machucados ou predação dos ursos. De qualquer forma os salmões mortos ajudam a aumentar os nutrientes dos rios beneficiando também as plantas que ficam próximas as suas margens. O salmão-vermelho tem normalmente a sua cor azulada, mas durante a desova o salmão-vermelho fica com a cabeça verde-escura, o corpo vermelho-vivo e as suas maxilas ficam em forma de gancho.
A reprodução do salmão é externa, ou seja, a fêmea deposita os ovos no fundo do rio que depois são fecundados pelo macho. Os ovos levam entre 3 e 12 semanas para eclodir e após um período, que pode variar de 1 mês até 2 anos, dependendo da espécie, eles voltam para o mar. Poucos salmões adultos sobrevivem após a reprodução.