A nossa expedição até o Amazonas teve um significado bem especial…
Os peixes-boi cada vez mais estão sendo ameaçados e mais filhotes órfãos são encaminhados para o berçário da Associação Amigos do Peixe-Boi (AMPA), no INPA. E, muitas piscinas são utilizadas para acomodar os animais que permanecem neste local por quase 6 anos até estarem aptos a serem devolvidos ao ambiente natural.
Além da reintrodução em si, a AMPA desenvolveu um Programa que colhe informações sobre a capacidade de adaptação dos peixes-bois criados em cativeiro ao ambiente natural, estudando seus movimentos diários e sazonais, área de vida e uso do habitat em pequena e larga escala.
Atualmente a reintrodução é realizada na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Piagaçu-Purus, localizada no baixo rio Purus e distante 223km de Manaus. Neste local, para obter o maior envolvimento da população local são realizadas sessões de educação ambiental.
Para escolher o local ideal de reintrodução definitiva, alguns critérios devem ser levados em conta, como: registro da espécie na região, disponibilidade de alimento, ausência ou declínio da caça da espécie, estar inserida dentro de unidade de conservação e deter apoio das comunidades no processo de proteção e monitoramento dos animais.
Mas como fazer os animais chegarem há uma localização que fica muito distante de Manaus? A resposta é de barco! Os animais são transportados em um barco regional, dentro de piscinas, durante pelo menos 20 horas.
Antes de serem liberados no rio, os animais recebem um cinto transmissor VHF de frequência única, adaptado ao pedúnculo caudal, com 800g de peso.
O monitoramento diário dos animais é realizado pela comunidade local e até mesmo ex-caçadores de peixe-boi da Reserva, capacitados para utilizar os equipamentos de rádio telemetria.
A iGUi foi até lá para doar uma piscina que seja utilizada tanto nos berçários quanto no transporte dos animais!!! Desta maneira, mais filhotes serão atendidos e mais peixes-bois serão transportados e devolvidos ao ambiente natural!!