A Limnologia (do grego: limne – lagos; logos – estudo) é uma ciência multidisciplinar que engloba áreas como química, física, biologia e ecologia com foco em estudar as águas continentais, tais como lagos, lagunas, rio, açudes e reservatórios. Os estudos dos ecossistemas aquáticos remontam a Grécia Antiga, sendo inicialmente limitado a listagens de organismos. Mas apenas no final do século XIX, quando François Alphonse Forel iniciou os seus estudos no lago Léman (lago de Genebra, Suíça) essa ciência ganhou mais importância. Forel publicou numerosos trabalhos sobre Limnologia, e hoje é considerado o pai da limnologia.
Esta ciência tem como objetivo estudar a correlação e a dependência entre organismos habitantes dessas águas e seu ambiente, para isso abrange todos os fatores, que, de um modo ou de outro, exercem influência sobre a qualidade, a quantidade, a periodicidade e sucessão dos organismos. Os estudos em limnologia vão desde a pesquisa básica – buscando caracterizar os ecossistemas e compreender processos ecológicos – até a pesquisa aplicada, que busca encontrar soluções para problemas ambientais, como a eutrofização e outros tipos de poluição nos ambientes aquáticos.
A limnologia é também utilizada como aliada algumas práticas, tais como a piscicultura. Para se desenvolver uma criação de peixes é necessário conhecer a dinâmica da água, seus fatores físicos, químicos, biológicos. Através de estudos limnológicos é possível fazer uma espécie de diagnóstico, que dirá se a água na qual se pretende instalar o viveiro tem ou não a qualidade necessária para tal atividade. Atualmente, a Limnologia tem importância não só científica, mas também na mediação de problemas socioeconômicos causados pelos múltiplos usos da água.