O pirarucu é um dos maiores peixes de água doce do mundo, com comprimento que pode variar de 2 a 3 metros chegando a pesar até 200 Kg. Nativo da bacia amazônica, pode ser encontrado no Brasil e em países vizinhos como Peru e Guiana. Essa espécie vive em lagos e rios afluentes de águas claras, com temperaturas que variam de 24 a 37°C. O pirarucu não é encontrado em lugares com fortes correntezas ou em águas turvas.
Esta espécie possui características bem diferentes dos outros peixes: sua cabeça é achatada e ossificada, com um corpo alongado e revestido de escamas. Além de respirar pelas brânquias (que permite a respiração embaixo d’água), ele possui uma bexiga natatória modificada que funciona como pulmão, permitindo que ele possa respirar também fora d’água. Sua cor é marrom-esverdeada, escura no dorso a avermelhada nos flancos. É um animal onívoro que se alimenta de frutas, vermes, insetos, moluscos, crustáceos, peixes, sapos, tartarugas e até mesmo aves aquáticas.
A pesca do Pirarucu é uma importante fonte de renda para os ribeirinhos e sua carne é comercializada de diversas formas: fresca, congelada e em mantas, depois de passar por processo de salga ao sol, ficando parecida com o bacalhau. Suas escamas são utilizadas para artesanato e até a sua língua é comercializada. Com o aumento da pesca comercial o Pirarucu corre risco de extinção, pois sua reprodução natural é insuficiente para repor a quantidade que é pescada. Felizmente existem projetos de manejo que estão revertendo esse quadro de risco de extinção.