Você sabia que a OMS (Organização Mundial de Saúde) define planta medicinal como sendo “todo e qualquer vegetal que possui, em um ou mais órgãos, substâncias que podem ser utilizadas com fins terapêuticos ou que sejam precursores de fármacos semi-sintéticos”. A identificação e o uso dessas acontece ao longo da história da humanidade, pois elas têm a capacidade de sintetizar uma grande variedade de compostos químicos que são utilizados para desempenhar funções biológicas importantes e para a defesa contra o ataque de predadores. O homem depende da natureza para viver desde os primórdios, e a utilização das plantas medicinais como cura está dentro das utilizações da natureza para seu benefício, garantindo seu conhecimento desde o início da civilização. Aqui no Brasil recebemos diversas influências fitoterápicas herdadas, como exemplo, da cultura africana e indígena.
De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, o Brasil apresenta 20% do número total de espécies da Terra, o que coloca o país na posição de maior biodiversidade do planeta, por isso devemos aproveitar todas essas possibilidades que a flora brasileira oferece.
As plantas medicinais podem ser utilizadas em diversas formas como: chás, tinturas, extratos alcoólicos, extratos glicólicos, óleos, pós e extratos secos. O tratamento com uso das plantas medicinais simboliza muitas vezes o único recurso terapêutico de muitas comunidades e grupos étnicos. Até nos dias de hoje o acesso às plantas é bem fácil, pois são comercializadas em feiras livres, mercados populares e encontradas em vários quintais.
Além do uso das folhas das plantas é possível também utilizar suas raízes. A raiz é o órgão da planta que tem duas funções principais: servir como meio de fixação ao solo e como órgão absorvente de água, compostos nitrogenados e outras substâncias minerais como potássio e fósforo (matéria bruta ou inorgânica). Essa estrutura está quase sempre subterrânea, e em alguns casos, servem como estrutura de reserva. Existem também as raízes comestíveis, que nascem da semente original com esta tarefa nutricional e a preservam enquanto houver vida orgânica no corpo verde que alimentam. Antigamente as raízes eram, tradicionalmente, utilizadas como remédio e não como alimento. O aipo, por exemplo, era usado somente na medicina pelos gregos e romanos, hoje é muito utilizada também na culinária. Outro exemplo é o gengibre, que era usado pelos marinheiros chineses como alívio de enjôos marítimos e atualmente, as propriedades medicinais do gengibre estão comprovadas e a raiz continua sendo utilizada em casos de enjôo e problemas digestivos, em gargarejos por ser eficaz no tratamento de inflamações de garganta e como chá terapêutico contra gripes acalma a tosse e abaixa a febre.
Hoje existem vários estudos feitos com as contribuições da comunidade científica e popular unidas, essas duas comunidades trazem contribuições das interações entre as sociedades humanas e plantas como sistemas dinâmicos. A utilização de plantas medicinais é instintiva na vida dos animais, já que alguns destes buscam raízes, cascas, folhas ou frutos na tentativa de resolver seus males!
A medicina popular é uma importante alternativa, provavelmente, a mais usada para a cura de doenças por parte de populações indígenas, quilombolas. Este tipo de cultura medicinal desperta o interesse de pesquisadores em estudos envolvendo áreas multidiciplinares, como por exemplo botânica, farmacologia e fitoquímica, que juntas enriquecem os conhecimentos sobre a flora mundial.
Vamos todos juntos em prol a um ambiente em equilíbrio!!