A poluição por microplásticos (MP) na Antártida é um tema quente que tem ganhado cada vez mais atenção nos últimos anos. No entanto, as informações sobre a poluição por MP em peixes antárticos são atualmente muito limitadas.
Um estudo realizado no Laboratório de Biodiversidade Marinha, Terceiro Instituto de Oceanografia, Ministério dos Recursos Naturais da China forneceu as primeiras evidências da ocorrência e características de MPs em peixes nas espécies de cinco famílias da ordem Perciformes, do Mar de Amundsen (AS) e do Mar de Ross (RS), Antártica.
As abundâncias de poliacrilamida (MP), uma resina sintética feita por polimerização (formação de macromoléculas, moléculas grandes, denominadas de polímeros, mediante a combinação de moléculas menores, os monômeros) de acrilamida, um polímero solúvel em água usado para formar ou estabilizar géis e como agente espessante ou clareador, dentro da ordem Perciformes estavam em um nível médio em escala global, mas foram maiores do que as relatadas em outros organismos antárticos. Os animais provenientes do Mar de Ross apresentavam índices superiores aos encontrados no Mar de Amundsen.
Entre as cinco famílias de peixes, os membros da Artedidraconidae ingeriram os menores MPs e a maior proporção de poliacrilamida, o que provavelmente está associado ao seu habitat e ao efeito de degradação da microbiota intestinal.
O maior índice de risco de MPs em peixes do Mar de Ross se deve à presença de PAM e resina epóxi, que também pode ter implicações de longo alcance na saúde de outros organismos antárticos e humanos por meio da transmissão da cadeia alimentar. No geral, o monitoramento a longo prazo da poluição por MP em peixes da Antártida e seu ambiente marinho circundante é essencial.
Mas você conseguiu entender que na Antártica os peixes estão com microplástico dentro do organismo? Na Antártica, lugar onde pelo menos nós acreditávamos estar bem longe de detritos antropogêncicos…. No geral, a extensa ocorrência de MPs em peixes da Antártida levantou um grande alarme de alerta.