Tardigrada (do latim: tardus, lento + gradus, passo) é um filo de animais microscópicos segmentados, relacionados com os artrópodes. Foram descritos pela primeira vez por J.A.E. Goeze em 1773. São em maioria fitófagos (aqueles que se alimentam de partes de plantas), mas alguns são predadores, como o Milnesium tardigradum.
Eles são extremamente resistentes, podendo sobreviver a temperaturas variando desde pouco mais do que o zero absoluto (-273,15 °C) até os 150 °C. Podem também viver em diferentes pressões como de 6 mil atmosferas e 5 000 Gy de radiação, cerca de 1000 vezes mais que um ser humano pode suportar.
Em 2007, vários exemplares de duas espécies de tardígrados foram enviados ao espaço por cientistas. Foram realizadas várias experiencias, como exposição ao vácuo do espaço, radiações intensas e quando retornaram a Terra, um terço deles ainda estava vivo, mostrando-se assim os únicos animais nativos do planeta Terra capazes de sobreviver às condições do espaço extraterrestre sem a ajuda de equipamentos.
Além disso, 10 % dos sobreviventes foram capazes de reproduzir-se com sucesso, produzindo ovos que eclodiram normalmente.
E isso não é tudo, pois em 2015, cientistas japoneses reviveram a espécie, que estava congelada há mais de 30 anos.
Segundo os estudos esses animais têm baixa expectativa de vida, porem possuem um recurso de sobrevivência que consiste em dormência completa, se encolhendo e desidratando-se, baixando todo seu metabolismo podendo sobreviver por muitos anos até encontrar condições normais para voltarem a desenvolver seu estado fisiológico normal.