Atualmente existe uma tartaruga marinha conhecida como tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea) que pode atingir cerca de 1,8 a 2,2 metros de comprimento, podendo pesar até 500Kg.
Ela é vista no litoral brasileiro e as fêmeas desovam nas praias do Estado do Espírito Santo. Porém, é considerada ameaçada de extinção principalmente devido a pesca.
Em 1985, o paleontólogo americano George Reber Wieland, descobriu um fóssil, mas sem o crânio, da maior tartaruga já encontrada, na Dakota do Sul, ao longo do rio Cheyenne, no condado de Custer. Um segundo espécime, um crânio, foi descoberto em 1897 na mesma região. O nome dado a esse fóssil foi de Archelon. Ele mede 3,52metros da cabeça até a cauda!
No mês passado foi publicado na Nature, o relato de uma tartaruga maior do que a Archelon, descoberta em julho de 2016, na localidade de Cal Torrades na Espanha.
As tartarugas marinhas eram comuns nos mares epicontinentais subtropicais do Cretáceo Superior que banhavam as costas do antigo arquipélago europeu. Mas ao contrário de suas faunas contemporâneas da América do Norte, na Europa nenhum táxon ultrapassou o comprimento da carapaça de 1,5 m.
O novo fóssil difere de outras tartarugas marinhas por possuir um processo adicional na pelve e um acetábulo direcionado fortemente ventralmente. Com base no tamanho da pélvis, é provável que ele fosse tão grande quanto Archelon, tornando-se assim uma das maiores tartarugas marinhas já encontradas!
O grande tamanho corporal do novo fóssil pode ter evoluído como uma resposta às condições únicas de habitat dos mares do arquipélago europeu do Cretáceo. A presença do processo púbico acessório sugere ainda a hipótese de que o novo táxon tinha um estilo de vida pelágico, ou seja, viver em alto mar.